Economia

Ibravin apresenta proposta de redução da tributação dos vinhos

03/06/2016
Imprensa IBRAVIN

     A manutenção da alíquota de 10% do IPI dos vinhos, cachaças e licores, votada na última semana na Câmara dos Deputados, tem gerado preocupação no setor

     Em encontro que reuniu os representantes do Instituto Brasileiro do Vinho (IBRAVIN), Carlos Paviani e Alexandre Andrade; Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), Carlos Lima e Alexsandra Machado; Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (ABBA).

     As entidades apresentaram documento mostrando os impactos que o setor teve com o aumento da carga tributária. O mercado reagiu de forma negativa no primeiro bimestre de 2016, com uma redução em 30%, na comercialização dos vinhos nacionais. E, estima-se a redução ainda maior neste ano perto dos 50%.

    Conforme Paviani, a reunião foi oportuna para buscar diálogo e sensibilizar o governo, principalmente o Ministério da Fazenda e Receita Federal, sobre a preocupação do setor em relação ao aumento exagerado da alíquota de tributação sobre os vinhos, licores e cachaças. “O setor aceitou a mudança da forma de cobrança do “ad-rem” para “ad-valorem”, ou seja, o valor fixo para o valor específico, no entanto, espera que haja a readequação da alíquota”, aclama.

     Segundo Paviani, das 750 vinícolas registradas em 2016, somente 680 estiveram aptas a produzir e comercializar o produto, em decorrência da quebra da safra, quando algumas empresas, apesar do estoque, não conseguiram uva suficiente, aliado aos altos encargos tributários, o aumento da energia elétrica, taxa de câmbio e inflação. “Se o cenário não se tornar favorável, há riscos de vinícolas fecharem para se reorganizar diante das dificuldades pelas quais o setor passa”, argumenta.

 

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