Economia

Inadimplência bento-gonçalvense cresce 14% em 2018

Levantamento divulgado pela CDL-BG aponta que dívida acumulada ultrapassa R$ 15 milhões
16/01/2019
Portal Adesso

     Os números divulgados pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves sobre a inadimplência no município são expressivos. Em 2018, os registros lançados no SPC somam R$12.850.188,00 em dívidas. Se comparado com 2017, o crescimento é de 14% - já que naquele ano o endividamento dos bento-gonçalvenses era de R$ 11.269.781,99. 

     É verdade que o montante da dívida aumentou. Mas o número de devedores, considerando as pessoas físicas no SPC, pelo contrário, retrocedeu 3,9%. Porém, o valor da dívida pela qual esse grupo responde cresceu 6,08% (no comparativo de 2018 com 2017). “Isso nos permite afirmar que menos pessoas estão devendo mais, valores maiores”, destaca o presidente da entidade, Marcos Carbone. Refinando a observação dos indicadores é possível perceber que, em 56,47% dos casos, as dívidas têm o ticket médio de até R$ 250. Em 24,10% deles, a inadimplência ocorre em compras com valores superiores aos R$ 500. “Nota-se que o consumidor deixa de pagar aquelas contas com valor da parcela mais alto. Esse comportamento deve ser levado em consideração pelo lojista no momento de avaliar a concessão de crédito”, destaca o presidente.

     Prova disso é que o número de registros de cheques no SPC caiu 15% no comparativo de 2018 com 2017 – sinal de que os lojistas estão mais criteriosos na hora de aceitar esse tipo de pagamento. “Consultado previamente o banco de dados do SPC Brasil, o comércio se previne de muitos casos de inadimplência, e busca construir com o cliente uma forma de viabilizar a venda e evitar o prejuízo”, comenta. 

     O levantamento da CDL-BG mostra, ainda, que a maior fatia do bolo dos inadimplentes – 72,70% – está concentrada na faixa etária que compreende dos 30 aos 64 anos. As mulheres continuam liderando o ranking: respondem por 64,62% dos casos. “Há uma explicação: normalmente, são elas as responsáveis pelas compras da família, e os crediários costumam ficar no nome das mulheres”, pondera.

Dívida das pessoas jurídicas foi a que mais cresceu

     Outro indicador que merece atenção é o crescimento impressionante de 73% no total de registros de inadimplência envolvendo pessoas jurídicas – ou seja, empresas. Só nesse segmento, o valor contabilizado em dívidas aumentou mais de 400% e bateu na casa dos R$ 3,2 milhões.

 

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