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Morre a cantora tradicionalista Berenice Azambuja

Aos 69 anos, a artista lutava contra um câncer no pâncreas e faleceu em um hospital de Passo Fundo, no Norte do Estado
04/06/2021
Portal Adesso
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     A cantora, compositora e acordeonista Berenice Azambuja morreu nesta quinta-feira (3), aos 69 anos. Um dos nomes mais marcantes da música gaúcha, a artista estava internada no Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo, onde sofreu uma parada cardíaca por volta das 22h. O velório começou às 4h desta sexta-feira (4) no Cemitério de Vila Lângaro, município que fica a cerca de 40 quilômetros de Passo Fundo. O enterro está marcado para às 17h.

     Nascida em Porto Alegre em 21 de março de 1952, Berenice tornou-se compositora e instrumentista de destaque em 1980, período em que lançou álbum com a música "É Disso que o Velho Gosta". A artista gravou, entre CDs e discos de vinil, 17 discos e um DVD. Desde os 15 anos, Berenice já tocava em bailes regionalistas. Como o vestido de prenda tirava a mobilidade da acordeonista, ela passou a usar o chiripá, veste masculina ligada à tradição indígena. Na época, essa decisão gerou protestos por parte dos tradicionalistas mais conservadores. Sem se importar com as reclamações, a indumentária passou a ser uma das características marcantes da artista.

     Entre 17 discos gravados ao longo da carreira, o de 1980, intitulado Romance de Terra e Pampa, trazia aquele que se tornou o maior sucesso da cantora: É Disso Que o Velho Gosta, composição sua em parceria com Gildo Campos. Em 2016, Berenice tentou carreira na política. Se candidatou ao cargo de vereadora no município de Cidreira, no litoral gaúcho. Concorrendo pelo partido PSD, a cantora obteve 23 votos e não foi eleita.

     Ela deixa um filho. 




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