Saúde

Ampliação da cobertura vacinal reduz número de casos, internação e óbitos no RS

Campanha de vacinação contra a gripe Influenza vem sendo realizada em todo o Estado
26/06/2021
Portal Adesso - Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini


A presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul (RS), Ana Selma Picoloto, fez um apelo a todas as gestantes para que se vacinem contra a infuenza – gripe H1N1.

“Nós sabemos que não é só o coronavírus que causa infecção respiratória grave nas gestantes. O vírus influenza também pode levar a um grande risco de insuficiência respiratória, risco de internação em UTI, interrupção precoce da gravidez e até o risco de óbito da mãe e do bebê”, afirma.

Ana Selma, que é médica ginecologista e obstetra, referiu, ainda, às puérperas, que são as mães que acabaram de ter bebê, dizendo que esse grupo também tem o risco aumentado de apresentar um quadro bastante grave, com uma infecção respiratória muito séria.

“Não tenham medo da vacina, tenham medo do vírus e da infecção”, enfatizou a médica reafirmando que “a vacina não faz mal para o bebê e não faz mal para a mãe”.

O grupo de gestantes e puérperas foi incluído como prioritário desde a primeira etapa da Campanha de vacinação contra a Influenza, que teve início em 12 abril. A meta é vacinar 90% de desse segmento da população estimado em 117.541 mulheres no Rio Grande do Sul. Até agora, o grupo de gestantes chegou a 54,6% da meta em doses aplicadas e o de puérperas, em 59,8%.

Chefe da Divisão de Epidemiologia do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri reafirma que este público tem alta vulnerabilidade “é um grupo de alto risco, e os dados epidemiológicos têm mostrado que a alta cobertura vacinal deste grupo (gestantes e puérperas até 45 dias após o parto) reduz o numero de casos com evolução para síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) e hospitalização”.

Enfermeira do Núcleo Estadual de Imunizações do Cevs, Eliese Denardi Cesar destaca que a vacina contra a gripe também protege as crianças até os seis meses de vida, quando começam a receber a imunização. “É uma forma de proteger o bebê, visto que o calendário de vacinação prevê a primeira dose a partir dos seis meses”.

A vacina contra a gripe é aplicada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios. Para reforçar que as gestantes e puérperas tenham acesso à imunização, a coordenadora de Atenção Primária em Saúde da Secretaria da Saúde (SES), Laura Ferraz, lembra que a campanha da vacina contra a influenza é uma velha conhecida das equipes de Atenção Primária no Estado, a diferença neste ano é que além da pandemia, há a campanha de vacinação contra a Covid-19 acontecendo paralelamente.

“Portanto, é imprescindível que as equipes olhem para os seus registros, identifiquem as gestantes e puérperas em acompanhamento na UBS e proporcionem ativamente o acesso à vacina contra a influenza”.

Laura destaca que as consultas de rotina são uma ótima oportunidade, mas não devem ser a única opção. “Os agentes comunitários de saúde são colegas essenciais na busca ativa dessas mulheres e também na identificação daquelas que estão gestantes e ainda não deram incío ao pré-natal. A vacina da gripe salva vidas e as gestantes e puérperas são prioritárias nessa campanha", conclui.


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