Bento registra mais de 1,5 mil casos da doença Diarreica Aguda
Os casos da Doença Diarreica Aguda (DDA) não param de crescer na Serra Gaúcha. Em Bento Gonçalves, conforme boletim do Serviço de Vigilância Epidemiológica divulgado nesta quinta-feira (14), 1.550 casos da doença foram registrados no período entre 01/09 a 14/10. Destes, 750 somente nas primeiras semanas de outubro.
De acordo com o boletim, a maioria dos casos é de faixa etária acima dos 20 anos (64,8%). Já os demais 35,2% de casos está na faixa etária abaixo de 20 anos (crianças e adolescentes). Os bairros com maior registro da DDA são o Aparecida, Borgo, Municipal, Ouro Verde, São Roque, Santa Helena, Vila Nova I e II, e Zatt. Juntos, eles somam 48,6% do total de casos.
A DDA é uma síndrome causada por vários agentes etiológicos (bactérias, vírus, parasitas), cuja manifestação predominante é o aumento do número de evacuações que podem ser aquosas ou de pouca consistência. Pode vir acompanhada de vômito, febre e dor abdominal. Em alguns casos pode haver a presença de muco ou sangue nas evacuações. No geral são autolimitadas com duração de 2 a 14 dias. Além de diarreia, um número menor de doentes relatou episódios de vômito e de dor abdominal. A febre não tem sido um sinal predominante entre os casos. Em geral, a transmissão dos agentes causadores de DDA costuma ocorrer através da via fecal-oral, seja pela ingestão de água ou de alimentos contaminados, pelo contato com objetos contaminados ou, ainda, pelo contato pessoa a pessoa.
Para evitar um número ainda maior de casos, o setor de Vigilância Epidemiológica de Bento está enviando amostras de fezes dos doentes para o Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen), a fim de fazer o diagnóstico do provável agente causador do surto de DDA. As amostras enviadas ainda estão sendo analisadas.
Medidas de Controle e Prevenção da DDA
-As principais medidas de controle e prevenção incluem a lavagem de mãos frequente, especialmente após ida ao banheiro, trocas de fraldas e antes de comer ou preparar a comida.
-A lavagem cuidadosa de frutas e vegetais de preferência com cloro, devem seguir as orientações contidas no rótulo da embalagem do produto.
-Cuidados com a água para consumo humano como, por exemplo, a fervura da água não tratada e o não consumo dela se a fonte não for segura são medidas importantes para o controle de agentes etiológicos de transmissão principalmente hídrica.
-Após cozinhar os alimentos os mesmos devem ser manipulados de maneira adequada sobre superfícies limpas e de preferência não porosas.
-Limpar as superfícies contaminadas com álcool ou hipoclorito de sódio sempre que possível, por exemplo, banheiros, pias para lavagem de mãos, entre outros.
-Os reservatórios domiciliares e de abastecimento (caixas d’agua) precisam ser limpos de preferência anualmente.