Economia

Setor vinícola lamenta aumento de tributação nos vinhos

03/09/2015
Pioneiro.com

 

     A partir de dezembro, um novo modelo de tributação será adotado pelo governo federal para vinhos, uísques, vodcas, espumantes, cachaças, licores e outros destilados.

     Pelo método adotado atualmente, cada "bebida quente" é classificada dentro de uma tabela e, sobre essas classes, há um teto de Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para cada produto. No caso dos vinhos, por exemplo, a tributação limite é de R$ 0,73 por litro. A partir de dezembro, não haverá mais teto nessas classificações e em cada bebida passará a vigorar apenas uma alíquota. Nos vinhos, o percentual será de 10%.

     — O impacto maior será nos vinhos de mais valor agregado. Aqueles de até R$ 7 não muda muita coisa, mas num exemplar de R$ 30, por exemplo, será cobrado R$ 3, quando agora tá na casa dos R$ 0,70 — explica Julio Fante, integrante do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).

     A alíquota de 10% será aplicada tanto nos vinhos nacionais, como nos importados. Em algumas bebidas, a taxa chegará a 30%, como é o caso dos uísques. A nova medida para as bebidas faz parte de uma série de ações adotadas pelo governo federal para ter mais receita e equilibrar as contas públicas.

     — Foi um balde d'água fria porque vínhamos conseguindo aumentar volume e qualidade, mesmo com a retração. Esse aumento no valor sem dúvidas vai nos trazer prejuízos, ainda mais em tempos que o poder aquisitivo das pessoas está menor — avalia Fante.

     Conforme o executivo, representantes do setor irão avaliar os impactos que a medida irá causar e devem também procurar o governo para tentar negociar alguma redução na tributação. O Rio Grande do Sul representa cerca de 90% da produção nacional de vinhos.

 

 

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