Em entrevista para o Jornal Novo Tempo de Garibaldi, o secretário de Administração, Micael Carissimi, afirmou que a Prefeitura não está preocupada com a possibilidade de uma CPI. “Este é o papel do vereador e a Câmara é um poder independente. O Município não vai interferir no trabalho dos vere­adores que quiserem aderir”.

     Porém, Carissimi diz que a acusação é gravíssima. “É um ve­reador suplente, que está assumin­do agora e quer mostrar serviço. A CPI proposta está sem foco, ele quer politizar e partidarizar o debate. Creio que algo que come­ça nesta linha tem tudo para não chegar a lugar nenhum. Na mi­nha opinião temos que ter provas quando levantamos uma acusa­ção”, rebateu.

     Em relação às acusações de possível benefício à empresa em uma concorrência para o transpor­te de universitários, o secretário enfatizou que o trâmite ocorreu de maneira lícita. “Em nenhum mo­mento a Administração beneficiou nenhum empresário. Tanto é que, nesta situação de contratação de transporte universitário, o Municí­pio apenas repassa o recurso para as associações e elas que fazem o contrato. A Administração apenas analisa a documentação emitida pelas associações. E como gestor, detectamos que havia erros e foi necessário interferir”, explicou.

     Segundo Carissimi, um dos ônibus da empresa Conesul estava fora do ano exigido pelo edital e o outro possuía apenas 26 lugares no início das aulas. Este foi o motivo que levou a Prefeitura a indeferir o contrato com a associação, contra­tando a TAS para o transporte de es­tudantes. Quanto ao procedimento instaurado pelo Ministério Público, disse que a secretária de Educação, Simone Chies, foi chamada para as­sinar um Termo de Ajustamento de Conduta para que a Agesinos fizes­se a alteração das empresas.

     “Ressalto que não houve pre­juízo ao erário, pois a empresa habilitada em segundo lugar fez a prestação do serviço ofertado pelo valor da primeira colocada”. Ca­rissimi informa ainda que a muni­cipalidade está estudando a forma de como é feita a tomada de preço e contratação das empresas que transportam os estudantes. “Creio que até o final do ano já estaremos com algo concreto para 2014”.