Saúde

Cidadão caxiense conquista direito de uso da "pilula do câncer " para tratamento

12/11/2015
Portal Adesso - Cládio Stumpft

     A polêmica sobre o uso do Fosfoetanolamina Sintética, ou Fosfoamina, conhecido como pílula do câncer, ganhou um capítulo local. A Justiça gaúcha determinou o fornecimento imediato do remédio para um paciente de Caxias do Sul, diagnosticado com a doença. Com isso, a Universidade Estadual de São Paulo (USP), desenvolvedora do medicamento, terá cinco dias para enviar o produto via Sedex ao endereço do autor do pedido.


     A liminar foi concedida pela juíza Maria Aline Vieira Fonseca, do Juizado Especial da Fazenda Pública de Caxias do Sul, no último dia 6. O beneficiado é um homem que se encontra hospitalizado. O paciente foi diagnosticado com câncer neuroendócrino agressivo em estágio avançado e não tem condições de prosseguir com o tratamento de quimioterapia.


    Um vídeo gravado pelo filho do autor mostrou a situação do paciente, que relata sentir fortes dores nas pernas, sendo necessário o uso de analgésicos.


     Recentemente, o Judiciário atendeu um pedido semelhante. Um morador de Cachoeira do Sul, acometido de câncer avançado no fígado, obteve autorização para realizar o tratamento com a fosfoet anolamina. 


     A fosfoetanolamina sintética é  fabricada num laboratório do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) no campus de São Carlos. A polêmica do seu uso se dá devido ao risco que o paciente assume quando abre mão do tratamento-padrão para se arriscar na terapia não comprovada. Embora não haja confirmação científica, o criador da fosfoetanolamina, químico paulista Gilberto Orivaldo Chierice, de 72 anos, hoje professor aposentado, diz que em pacientes em quimioterapia não funciona porque o sistema de defesa do corpo deve estar fortalecido. 

 
 

 

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