Operação Queijo investiga a distribuição de produto estragado e contaminado com coliformes fecais, além de falsificação de rótulos. A presença de coliformes fecais no queijo foi confirmada através de nove laudos periciais.

     O Ministério Público (MP), com apoio da Brigada Militar (BM), desencadeou na madrugada desta quinta-feira (02), uma nova etapa da Operação Queijo Compen$ado. São cumpridos cinco mandados de prisão, 17 de busca e apreensão e serão apreendidos 13 veículos em sete cidades gaúchas: Constantina, Sarandi, Tenente Portela, Antônio Prado, Carlos Barbosa, Canoas e Porto Alegre. A investigação também apura falsificação através da troca de rótulos com supostas inspeções municipais e por meio da colocação de rótulos de empresas que não existem.

     As investigações apontam diversas irregularidades em quatro laticínios da região Norte e da Serra gaúcha, como a adição de amido de milho no queijo, utilizado para mascarar a colocação de menos leite do que o exigido pelas normas da indústria.

     Conforme apurou as investigações, uma empresa de Constantina e outra de Carlos Barbosa possuem somente o selo do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), ou seja, apenas podem comercializar seus produtos dentro do município. No entanto, estas empresas comercializam clandestinamente seus produtos em diversas cidades, principalmente na Região Metropolitana, Vale dos Sinos e Litoral Norte.

     Um dos produtores investigados na operação, por exemplo, distribui somente para a Região Metropolitana de Porto Alegre cerca de 100 toneladas de queijo por mês.