Política

Município de Garibaldi está sem Prefeito

13/09/2016
Portal Adesso - Foto: arquivo

     O atual prefeito Antônio Cettolin pediu afastamento, o vice e o presidente da Câmara de Vereadores não assumiram. Situação inusitada ganha repercussão na mídia estadual.

     Nesta terça-feira (13), veículos de imprensa da capital noticiaram o fato, logo depois, órgãos de imprensa da região também repercutiram o caso que até então, jamais havia ocorrido na cidade. O motivo disso tudo é a campanha eleitoral, onde a busca pelo voto parece ser muito mais importante que a gestão da cidade.

     Não existe impedimento algum para que o prefeito municipal que concorra à reeleição continue no cargo e faça campanha, desde que a campanha seja feita fora do expediente de trabalho. A ex-governadora Yeda Crusius é exemplo disso, em 2010 ela permaneceu no cargo de governadora enquanto estava em campanha pela reeleição.

     Já em Garibaldi, o prefeito Antônio Cettolin (PMDB), que está em seu terceiro mandato e concorre à reeleição, decidiu tirar férias para se dedicar à campanha eleitoral e com isso, provocou um grande embaraço na gestão municipal de Garibaldi.

     Através de um decreto, Cettolin, designou o secretário Micael Caríssimi para assumir o comando do município em atos administrativos no período de 01 de setembro a 01 de outubro. No decreto, também é vedada a prática de atos de gestão durante o período de férias do prefeito, ou seja, se ocorrer uma tragédia, uma catástrofe no município, Garibaldi está sem prefeito.

     Para o advogado especialista em direito eleitoral, Dr.Caetano Cuervo Lo Pumo, é inadmissível o município ficar acéfalo, isto é, com total ausência do prefeito que foi eleito para ocupar o cargo e administrar a cidade. “O que ocorreu em Garibaldi é uma coisa fora de qualquer parâmetro, não conheço fato igual, não é comum um prefeito fazer isso”, disse.

      O advogado ainda ressaltou que o normal seria o prefeito não tirar férias já que não tem substituto. “Ele tem o dever de permanecer no cargo. O prefeito poderia programar as férias para antes ou depois da eleição, não deixando a cidade sem prefeito", destacou.

     Vereadores da oposição procuraram o Juiz para denunciar o caso e foram orientados a fazer uma representação ao Ministério Público. O Portal Adesso tentou contato com a prefeitura municipal de Garibaldi, mas não recebeu resposta.

     Caso semelhante ocorreu em Caxias do Sul, onde o vice-prefeito que seria candidato não quis assumir o comando da prefeitura nas férias do prefeito. Na oportunidade, o assunto também ganhou repercussão, e o vice-prefeito de Caxias foi condenado pela justiça por não ter assumido a prefeitura.

     Comentários na cidade dizem que a Prefeitura de Garibaldi foi “abandonada”. 

 

MAIS NOTÍCIAS