Saúde

No Dia do Médico, conversamos com o Diretor Clínico do Hospital São Pedro

18/10/2016
Portal Adesso - Foto: Flávio Ballejo

     Na  data dedicada aos responsáveis por cuidar da saúde das pessoas, 18 de outubro, “Dia do Médico”, o Portal Adesso ouviu o Diretor Clínico do Hospital São Pedro de Garibaldi, Dr. Gilberto Silveira Martins. A conversa foi para saber mais sobre estes profissionais e de maneira ainda mais especial, sobre a saúde de Garibaldi.

     O profissional, que tem formação como anestesiologista, uma atividade que busca proporcionar aos pacientes, ausência ou alívio da dor durante os procedimentos médicos, como cirurgias ou exames, oferece sua especialização à população garibaldense e regional, há 30 anos. “A data deve sim ser comemorada, pois é uma profissão que exige muita entrega, desde o início para entrar em uma universidade, passando pela disputa para entrar no mercado de trabalho”, destaca, pois hoje em dia para se ter um profissional com boa formação e capaz, é necessário no mínimo uns vinte anos”, comenta Gilberto.

     A profissão exige muito, e por vezes é necessário abrir mão até mesmo da família, férias e afazeres, para a dedicação total. Ele comentou sobre o desejo de seguir a profissão, tendo como espelho seu avô, formado junto com uma das primeiras turmas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no ano de 1927. O seu irmão mais velho, também serviu como espelho para a carreira na área da medicina, formado na mesma universidade. “Há 30 anos atrás, viemos para Garibaldi eu e meu irmão, quando fomos convidados para iniciar um trabalho junto ao Hospital São Pedro”, relembra.

     O profissional lembra daquele período, algo que ficou no passado. “Hoje o bloco cirúrgico está equipado com oque há de mais moderno que existe, até mesmo fora do Brasil”, diz ele. Vem também a lembrança, momentos difíceis de crise passados pelo São Pedro, citando o ano de 2000, quando se buscou manter ao menos o padrão de atendimento dentro do bloco cirúrgico. Com a unificação de todos os segmentos do Hospital, oque foi possível quando Tercílio Conci assumiu a direção, a situação mudou  e melhorou consideravelmente.

     “Hoje o Hospital serve de modelo, e os que estão em crise buscam orientação para saber oque foi feito para conseguir este resultado tão bom, uma instituição de saúde sem dívidas e atendendo o Sistema Único de Saúde (SUS), de maneira exemplar”. O Hospital atende até a  média complexidade de maneira geral, inclusive ortopedia, sendo exemplo para várias cidades. Isso fez com que a 5ª Coordenadoria Regional de Saúde, buscasse que Garibaldi fosse referência para outras doze cidades no atendimento.

     “Muitas pessoas questionam o porquê de não se ter uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI)”, comenta Gilberto, dizendo que isso é extremamente complicado, exigindo alta complexidade e certamente quebraria o Hospital, pois nem população tem para isso”. Para o diretor clínico, o sistema oferecido para a população no SUS, é exemplo, pois em país nenhum acontece oque é feito aqui no Brasil, faltando um melhor gerenciamento do dinheiro público, prestando conta da aplicação do dinheiro. O benefício, deveria, segundo ele, ser ofertado para quem realmente precisa.

     Algo que deixa o profissional preocupado, é a abertura desenfreada  de novas faculdades de medicina, pois isso é mais um desejo político do que o de atender bem os pacientes, haja visto que a estrutura oferecida não é das melhores. “A boa medicina se faz com bons médicos, não adiante ter apenas um médico no posto de saúde, é necessário ter um bom médico”, finaliza Gilberto, agradecendo a comunidade por ter lhe recebido há mais de 30 anos, destacando que Garibaldi está de parabéns pela saúde que está sendo oferecida as pessoas.

 

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