Professores estaduais entram em greve a partir da próxima terça-feira
Os professores estaduais aprovaram greve contra o pacote de medidas para combater a crise financeira do Rio Grande do Sul anunciado pelo governador José Ivo Sartori. A paralisação começa na próxima terça-feira, dia 13 de dezembro, e deve se estender até a votação dos projetos na Assembleia Legislativa.
A decisão foi tomada na tarde desta quinta-feira em assembleia realizada pelo Cpers em Porto Alegre. A greve já havia sido aprovada pelo conselho do sindicato na quarta-feira, mas foi levada para votação junto aos 42 núcleos que estiveram reunidos na Praça da Matriz.
A paralisação foi deflagrada com o apoio da maioria, mas a decisão não foi unânime. Entre as medidas que a justificam, de acordo com a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, está a afirmação de que será para resolver o problema financeiro do Estado, o que para ela não é verdadeira.
Além disso, a dirigente citou a retirada do artigo 35 da Constituição Estadual, que garante o pagamento integral do salário dos servidores até o último dia do mês trabalhado, e a proposta do pagamento do 13º Salário. O pacote engloba mais de 40 medidas.
A mobilização deve alterar novamente o calendário escolar, que já foi modificado pelas outras paralisações realizadas ao longo deste ano. A mais longa durou 54 dias. Segundo Helenir, os alunos correm o risco de ter que recuperar as aulas em janeiro ou até em março. A data ainda não foi definida.
Os estudantes podem também não receber as notas desse ano letivo. “Se ele (Sartori) não quiser que a gente entre em greve, que retire o pacote. Estamos novamente sendo jogados para uma greve”, afirmou.