Esgoto na Barragem: Corsan diz que não será possível implantar o sistema
A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) diz que não será possível cumprir as metas para implantação de sistema de esgoto apresentadas pelo Município na proposta de renovação de contrato. A afirmação foi do superintendente regional da Corsan, Alexander Pacico, durante a primeira reunião para discutir a minuta do novo contrato.
No encontro, realizado na última segunda-feira (2), a comissão formada por representantes da Companhia e membros dos Poderes Executivo e Legislativo, Conselho Municipal do Meio Ambiente, CIC e Apeme, Pacico ressaltou que os prazos e o cronograma de obras não são viáveis técnica e financeiramente.
O pré-contrato, que prevê a manutenção do abastecimento de água e inclui o tratamento de esgoto, além de um cronograma de metas e investimentos, foi entregue ao presidente da Corsan, Tarcisio Zimmermann, em 14 de agosto. “O cronograma prevê obras já em 2013. Mas ainda nem houve a renovação do contrato. Então, além da necessidade da assinatura do contrato, será necessário tempo para a elaboração de projetos executivos e para obtenção de financiamentos”, enfatizou o superintendente. Ele acredita que, havendo o acerto entre Município e Corsan ainda neste ano, as obras de implantação de rede de esgoto iniciem em 2015 ou 2016.
Ao final do encontro, ficou definido que a Corsan vai apresentar uma proposta de metas que possa ser viabilizada, além de realizar, juntamente com técnicos da Prefeitura, uma avaliação das Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs) existentes para verificar se é possível investimento para seu funcionamento efetivo ou qual é a melhor alternativa para o tratamento de esgoto na cidade. Um novo encontro acontece no dia 23 de setembro, quando estas informações já devem ser apresentadas.
“A meta apresentada prevê 42 quilômetros de rede de esgoto implantadas por ano. Isso representa 3,5 mil metros de canalização linear por mês. Na geografia que temos aqui é impossível executar tanto neste período, até porque, imaginem como ficaria a cidade com tantos buracos abertos ao mesmo tempo”, enfatizou o engenheiro da Corsan, André Finamor.
O engenheiro também destacou que a Corsan prevê a implantação de uma grande ETE e que esta obra pode ser iniciada antes mesmo dos investimentos em canalização para o esgoto sanitário. Pacico complementou que a minuta do contrato não deve apresentar grandes alterações, somente o cronograma de ações terá a necessidade de maiores revisões.“O que estamos fazendo vai mudar a vida desta cidade nos próximos 25 anos. A comunidade elegeu o prefeito e o prefeito elegeu os senhores para que decidam o futuro do abastecimento de água e tratamento de esgoto de Garibaldi”, finalizou Pacico.