Apenas alguns prefeitos da região continuam otimistas e certos da implantação do campus. População, descredita com a política, não confia na obra que está apenas no papel.

     O assunto que pautou boa parte da última campanha eleitoral e foi utilizado como argumento de desenvolvimento por candidatos a prefeito ainda gera dúvidas e desconfiança por parte de quem atua na iniciativa privada e banca as contas públicas com a alta carga tributária.

     Embora os prefeitos que fazem parte da Amesne (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste – que corresponde a 32 municípios) acreditem que o ano de 2017 deva ter avanços para a execução do projeto, na prática a situação é totalmente inversa.

     O reitor da UFRGS, Rui Vicente Oppermann, informou haver uma revisão na política de expansão das Universidades, e que a localização onde será construída a estrutura não será definida neste ano, ou seja, o projeto continuará apenas no papel.

     A Amesne quer que o campus seja instalado no Vale dos Vinhedos, na divisa de Garibaldi e Bento Gonçalves, em um local que pertence a Embrapa Uva e Vinho, assim também como os candidatos prometiam durante a eleição.

     Porém, nada ainda está definido, e a negativa do reitor quanto a localização do empreendimento mostra o quanto este projeto está apenas no discurso político. O município de Garibaldi chegou a inserir em seu orçamento anual recursos para iniciar a pavimentação e alargamento das vias de acesso ao terreno.

     Em entrevista para a Rádio Difusora de Bento Gonçalves, o reitor afirmou que primeiro a universidade necessita ter orçamento e recurso pessoal para depois tocar o projeto. 

     Prometido para ser debatido e definida a área em 2016, o projeto de construção ainda depende de infinitas reuniões e decisões para ser colocado em prática.