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Metalúrgicos conquistam maior dissídio do Estado

11/09/2013
Sindicato dos Metalúrgicos de Carlos Barbosa - FOTOS – Cathierine Hoffmann

    Uma grande campanha salarial, graças ao empenho do Sindicato dos Metalúrgicos e da mobilização dos trabalhadores, foi conquistado o maior reajuste salarial do Estado e um dos maiores do país para a classe em Carlos Barbosa. O reajuste salarial foi de 9%, sobre a inflação de 6,38% com 2,62% de ganho real, um percentual de 0,08% a mais que foi conquistado em Caxias do Sul, que também teve um grande dissídio. A Campanha Salarial de 2013 causou grande mobilização da categoria, principalmente nas fábricas, o que foi catalisador para que fosse obtido um aumento de acordo com o esperado pela classe.

     Na assembleia geral, realizada na sexta-feira, 06 de setembro, na sede da entidade, mais de 80 pessoas estiveram presentes, e aprovaram por unanimidade as propostas apresentadas pelo sindicato econômico para a data base de 11 de agosto. Após quatro rodadas de negociação com o Simecs, de Caxias do Sul, cuja última ocorreu no dia 03 de setembro, o sindicato endureceu com os patrões, que não queriam dar nem mesmo o reajuste obtido em Caxias do Sul. “Inclusive ameaçaram que não fariam mais reuniões e que iriam para a justiça, coisa que nunca tínhamos visto até hoje, os patrões ameaçarem de ir pra justiça”, relatou o presidente Todson Marcelo Andrade.  


     Foi aprovado pelos trabalhadores além do reajuste salarial de 9%, a ampliação de 36 para 54 meses de creche, os pisos aumentaram de R$ 761,20 para R$ 837,40 para empresas até 50 funcionários, e de R$ 792,00 para R$ 900 para empresas com mais de 50 funcionários, um crescimento percentual também maior que o obtido em Caxias do Sul. No transporte os trabalhadores passarão a pagar 4,5%, e já no ano que vem baixa para 4%. Conforme o economista David Fialkow, as empresas de Carlos Barbosa registram um crescimento maior do que vemos em países como a China. A Tramontina, por exemplo, de 2005 para cá, cresceu economicamente 84%. “Quem tem essa pujança tem que valorizar o trabalhador, pois quanto mais se fortalece o trabalhador, mais se fortalece a economia. Esse é o caminho, e não a especulação financeira”, avalia Fialkow.

 

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