Saúde

Análise mostra a origem da dívida do Hospital São Carlos de Farroupilha

31/07/2017
Assessoria de Imprensa / Prefeitura de Farroupilha
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     Administração Municipal fez balanço da última década da casa de saúde e apontou que a receita não acompanhou aumento dos custos dos serviços a partir de 2008

     Seguindo os princípios da transparência, da probidade administrativa e da responsabilidade com a saúde pública, a Administração Municipal de Farroupilha realizou um extenso levantamento sobre as condições do Hospital Beneficente São Carlos, analisando profundamente os acontecimentos da última década na casa de saúde, que acarretaram na atual situação financeira pela qual a entidade passa. A análise leva em conta o contexto histórico, os fatos dos últimos dez anos e os dados revelados pela última auditoria realizada na instituição.

     O documento, assinado pelas secretarias municipais de Saúde e Finanças, além do setor de Contabilidade e a Unidade Central de Controle Interno, é composto por 25 páginas e 45 anexos e aponta que há solução para o incremento de receita e retomada da saúde financeira do São Carlos.

     Na conclusão do documento, fica claro que a decisão tomada em 2007 de credenciar o hospital como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Traumatologia e Ortopedia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) gerou custos superiores às receitas. No período de 2008 a 2016, conforme o levantamento, a despesa que mais cresceu foi com serviços médicos e de terceiros, aumentando 337,64%. Dessa forma, o déficit operacional cresceu exponencialmente até o ano de 2015, quando atingiu seu ápice.

     Por outro lado, o dossiê realizado aponta que os índices de crescimento das despesas começaram a diminuir desde 2013. Os gastos com serviços médicos e de terceiros, por exemplo, aumentaram 252,45% de 2008 para 2012 e apenas 24,17% de 2012 até 2016.

     Outra constatação importante e comprovada pelos números é a contribuição da Poder Público Municipal para amenizar a crise financeira enfrentada pelo Hospital. Os crescentes aportes financeiros da Administração Municipal correspondem a mais da metade dos recursos públicos destinados à instituição. Nos últimos dois anos, 2015 e 2016, foram mais de R$ 18 milhões repassados pelo Município, enquanto que o Estado destinou pouco menos de R$ 2 milhões.

     As receitas oriundas de convênios e particulares também tiveram redução. Apenas nos últimos quatro anos, houve queda de 2,92% nos recursos dos convênios. Segundo a análise, o incremento da participação dos convênios junto ao Hospital Beneficente São Carlos pode ser a solução para as finanças da instituição.

 

 

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