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Ex-prefeito resgata a história do município de Garibaldi

31/10/2017
Portal Adesso - Foto: Tamires Piccoli

     Acyr Girondi, foi prefeito da cidade entre 1973 a 1977

     No dia da comemoração dos 117 anos de Garibaldi, o PORTAL ADESSO, entrevistou o ex-prefeito da cidade, Acyr Girondi, de 85 anos, para contar um pouco da trajetória do município.

     Girondi administrou a cidade entre 1973 a 1977, em uma fase de crescimento e desenvolvimento. De acordo com o ex-prefeito, haviam apenas 8 lojas e 2 indústrias na cidade, sendo uma delas a Estabelecimento Vinícola Armando Peterlongo.

     Por conta da falta de empregos, cerca de 70% da população morava no interior, além disso, os moradores que estudavam na cidade, após formados, mudavam-se para outros municípios, em busca de melhores oportunidades.

     O ex-prefeito contou ainda sobre o grande desafio de administrar Garibaldi na década de 70. Segundo Girondi, atender as demandas como construir escolas, posto de saúde, prédio do INSS, e finalizar loteamentos com água e luz, foi uma grande batalha. Assim como  incentivar a vinda de empresas para a pequena Garibaldi.

     “Foi uma época bem difícil, o pessoal não acreditava que o município poderia dar certo”, comentou.

     Ao todo, cerca de 25 novas empresas se instalaram na cidade, algumas permanecem até hoje, como a Tramontina e a Vinícola Chandon. Com isso, o desenvolvimento da cidade aumentou gradativamente, e aos poucos Garibaldi vou subindo patamares.

     Em outubro de 1976, foi realizada a 1ª Festa Colonial do Champagne nos Pavilhões da Tramontina, próximo a estação férrea. Foi este evento que deu origem, em 1982, a primeira edição da Fenachamp. A Fenachamp daquele ano reuniu cerca de 30 mil pessoas e contou com desfiles de carros alegóricos. “Foi um acontecimento e tanto para a cidade”, recorda.

     Em seus quatro anos como prefeito, Acyr disse que a única e maior tristeza, foi ter que finalizar as obras do então Arroio Marrecão. Iniciada no governo anterior, as obras que visavam canalizar as águas do arroio, não puderam ser canceladas, pois haviam empréstimos realizados junto ao governo.

     “Eu fui obrigado a construir um túmulo sobre o Marrecão. Essa é a minha maior tristeza, vou morrer com ela. Eu lembro deste arroio quando era menino, eu bebia a água, as pessoas tomavam banho e inclusive pescavam. Foi uma perda muito grande”, afirma.

     Sobre a atual Garibaldi, o ex-prefeito comenta que a cidade vem crescendo de forma rápida por conta das empresas e comércio local, mas ainda existem muitas melhoras a serem feitas.  

 

 

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