Conversamos com Alduir Antônio da Costa, que já construiu mais de 500 capelas e sepultou outras centenas de pessoas no cemitério público municipal.

     Devido ao Dia de Finados, a equipe do PORTAL ADESSO foi até o cemitério público municipal de Garibaldi. Lá conversamos com o pedreiro Alduir, que tem sua vida ligada diretamente ao local.

     O pedreiro Alduir Antônio da Costa tem 61 anos, destes, mais da metade, passou atuando no cemitério. Ele é um dos responsáveis pela construção de capelas para o sepultamento de Entes queridos.

     Alduir contou que aprendeu o ofício de seu pai, que também atuava no cemitério de Garibaldi. No início, ele realizava reformas nas capelas, mas com o passar do tempo passou a construi-las e também a realizar sepultamentos. Devido a sua experiência, quando algum funcionário de funerária ou até da prefeitura municipal não sabem a localização de uma capela ou jazido, Alduir é chamado, pois conhece todos os espaços e locais do cemitério. “Ao longo dos anos já contruí mais de 500 capelinhas e perdi as contas de quantos sepultamentos”, conta.

     Perguntado como é trabalhar no local, o pedreiro afirma que é muito tranquilo. “Aqui é calmo, sempre em silêncio e ninguém incomoda”. Sobre se já viu algo estranho, Alduir dá risada e afirma que nunca viu nada diferente, pois só trabalha durante o dia.  O pedreiro também comentou sobre a segurança de Garibaldi. “Nos outros cemitérios, muitos vândalos roubam as placas dos jazigos, aqui ainda é um local muito seguro”, ressaltou

Curiosidades do Cemitério Municipal de Garibaldi:

     O Cemitério possui uma área de 5 hectares, com mais de 10 mil pessoas sepultadas. Conforme o município, são cerca de 1.460 espaços construídos e 139 lotes disponíveis.

     No local, apenas um funcionário trabalha na limpeza e organização. Algumas capelas possuem mais de 20 anos de existência. Várias figuras históricas responsáveis pela emancipação de Garibaldi estão sepultadas no local, padres, freiras, e ex-prefeitos como o ex-prefeito Heitor Mazzini, Léo Antônio Cisilotto, Família Peterlongo, entre outros. O jazigo que mais chama a atenção é do da Família Santini fundador da Estação de Esqui. No túmulo está duas mãos grandes em forma de meditação. Ali, está sepultado o engenheiro que construiu o tobogã da estação. Ele faleceu de acidente testando a atração.