Por quê a gasolina é tão cara na região?
Essa pergunta poderia ter uma resposta simples, mas não tem.
Quando encontramos em Garibaldi uma média de preços na faixa
dos R$ 4,49, é difícil entender porque o valor é, em média, 50 centavos mais
caro que São Sebastião do Caí, localizada a 49 km de Garibaldi ou de municípios da região metropolitana de Porto Alegre, onde o combustível é bem mais barato do que em postos de Garibaldi, Carlos Barbosa e Bento Gonçalves.
Para o diretor executivo do Sindicato dos Petroleiros do Rio
Grande do Sul (Sindipetro), Edison Terterola, uma possível resposta para essa
incógnita seria a realização dos chamados cartéis. Prática de combinação de
preços entre empresários do setor. “É difícil acreditar que o livre mercado
possa fugir desse modo de cobrança, porque as pessoas não vão fazer um
deslocamento muito grande para abastecer. Elas querem abastecer nos seus
municípios”, salienta Edison.
De um modo geral, o diretor afirma que os preços poderiam ser mais baixos, porque boa parte da matéria prima para o combustível sai do Brasil. “Não deveria oscilar tanto com as oscilações de preços internacionais”, frisa o diretor.
Alguns proprietários de postos afirmam que o valor mais elevado aqui na Serra é devido ao transporte do combustível, sendo que eles possuem um custo maior para adquirir álcool, diesel e gasolina na distribuidora. Porém, esta afirmação não convence os consumidores, que as vezes se deslocam para outra região a fim de abastecer. Um dos exemplos é São Vendelino, que fica a uma distância de pouco mais de 20 km de Carlos Barbosa e a gasolina é quase R$ 0,50 mais barata.