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MP apreendeu 30 toneladas de alimentos impróprios na Serra em 2018

Só em Garibaldi, foram 4 toneladas. Já em Carlos Barbosa, 2 toneladas de produtos impróprios foram apreendidos em três estabelecimentos
07/02/2019
Rádio Difusora 890 - Felipe Machado - Foto: Ministério Público
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     A Força-Tarefa de Segurança Alimentar do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS) apreendeu pelo menos 30 toneladas de itens impróprios para consumo na região da Serra, em seis operações desencadeadas em Bento Gonçalves, Carlos Barbosa (2x), São Sebastião do Caí, Garibaldi e Nova Prata em 2018. Em todo o Estado, foram 161 estabelecimentos vistoriados, com 84,4 toneladas de irregularidades.

     O final do ano passado ainda teve intervenção dos Agentes em três estabelecimentos comerciais em São Francisco de Paula. Mais de uma tonelada de alimentos impróprios ao consumo foi inutilizada durante a ação. E, no último dia 12 de janeiro de 2019, foi em Veranópolis, com a interdição de uma fruteira e um açougue, em virtude de problemas de higienização inadequada de equipamentos, a comercialização de produtos vencidos, carne, ovos e queijo sem procedência e sem inspeção sanitária, beneficiamento, congelamento de produtos resfriados (inclusive com prazos de validade vencido) e descongelamento de carnes sem autorização e em desconformidade com as normas sanitárias vigentes, dentre outros.

     A coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Consumidor e da Ordem Econômica, a promotora Carolina Vaz, destaca que “as operações de fiscalização visam primeiro a orientação dos fornecedores para o cumprimento de regras pela Vigilância Sanitária ou Agricultura do Estado, já que diversas reclamações chegam nos órgãos de fiscalização”, afirmou.

     Vaz reforçou que 2018 não foi diferente de outros anos, pois ainda há regras que não são observadas. Para o médico veterinário Willian Smiderle, da Inspetoria Veterinária de Bento Gonçalves e da regional Caxias do Sul, órgão da Secretaria Estadual da Agricultura, é fundamental realizar todas as avaliações quanto a validades, temperaturas, acondicionamentos de produtos, enfim, para evitar danos ao consumidor.

     “Os números às vezes espantam, mas a gente entende que em grandes centros, como em Bento, sempre terá um número maior em relação a outros municípios. A gente encontra às vezes produtos vindo direto da propriedade sem passar pela inspeção municipal ou até sem nenhum tipo de fiscalização. Isto é muito arriscado para o consumidor”, disse.

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