Economia

Acordos entre Mercosul e UE preocupam vinicultores da Serra

Segundo presidente do Ibravin, o reconhecimento do registro de indicação geográfica não apresenta muitos benefícios para os produtores
11/07/2019
Portal Adesso - Foto: Fernando Dias/Seapdr/Divulgação

     Apesar de comemorado por parte do Governo Federal, o acordo firmado recentemente entre o Mercosul e a União Européia (EU) está preocupando os produtores de vinho da região da Serra Gaúcha. Recentemente o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) divulgou uma lista com diversos produtos manufaturados no Estado que terão seus registros de indicação geográfica reconhecidos pela União Europeia, mas, segundo os produtores, o reconhecimento geográfico não estabelece melhores condições de comercialização, ou de garantias de tratamento igualitário com a concorrência de produtos importados.

     Segundo Oscar Ló, presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) o acordo não apresenta muitos benefícios para os produtores. “O reconhecimento por parte da Europa dos registros de indicação geográfica não é nosso principal foco dentro deste acordo. O que nos preocupa é que a Europa oferece muitos subsídios para os vinhos e espumantes locais, o que garante um custo menor no produto que é comercializado aqui no país. Aqui no Brasil, sofremos com a alta carga tributária, que incide sobre a produção, elevando os preços” afirma Ló. 

     Ainda conforme o Presidente do Ibravin, o Governo Federal prometeu tomar algumas medidas compensatórias, como a criação de um fundo para o setor da vinicultura, porém, ainda não foi explicado para os produtores como esse fundo poderá ser utilizado. ”A Ministra da Agricultura Tereza Cristina prometeu tomar algumas providências para igualar a balança. A criação do fundo é uma delas, mas ainda não sabemos como ele será e não como vai funcionar” Explica Ló.  


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