PF cumpre mandados de prisão contra pessoas ligadas ao caso Unick
Em nova investida para conter supostas fraudes da empresa
Unick, a Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (17), a
Operação Lamanai. A ação busca cumprir mais de 10 mandados de prisão, além de
65 ordens de busca e apreensão contra pessoas ligadas a operadora de crédito.
Segundo o inquérito, os agentes da Unick captavam novos
investidores com a promessa de retorno de 100% sobre o valor investido, em até
seis meses de aplicação. A atuação da Unick é considerada como pirâmide
financeira. A operação desta quinta está sendo realizada nas cidades de Porto
Alegre, Canoas, São Leopoldo, Caxias do Sul, Curitiba (PR), Bragança Paulista
(SP), Palmas (TO) e Brasília (DF).
A organização já havia sido notificada pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) para que se abstivesse de tais práticas não
autorizadas, mas seguiu atuando e teve expedida uma ordem de parada de
operações (stop order), que também foi ignorada. Ao longo da investigação,
evidenciaram-se outras práticas criminosas como a aquisição de moedas virtuais
para remeter ao exterior, em supostos atos de evasão de divisas, assim como
crimes de lavagem de dinheiro, entre outros.
O Portal Adesso foi o primeiro veículo de comunicação do Rio
Grande do Sul a apresentar as denúncias contra a Unick, em janeiro de 2019.
(Link para a primeira matéria:
https://portaladesso.com.br/noticias/6807/exclusivo-investidores-de-garibaldi-e-carlos-barbosa-apostam-no-dinheiro-facil.html)
Lamanai
A operação contra a empresa Unick, realizada nesta
quinta-feira (17) recebeu o nome de Lamanai. Lamanai é um sítio arqueológico,
onde estava localizada uma antiga cidade Maia, que permaneceu enterrada até os
anos 1970. Lamana, em linguagem maia, significa crocodilo debaixo d'água. O
crocodilo da Unick acabou mordendo muitas pessoas desavisadas.