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Lojas promovem “bailão a céu aberto” em Garibaldi

Estabelecimentos comerciais que vendem eletrodomésticos, não respeitam o Código de Posturas do município
31/01/2020
Portal Adesso - Foto: Portal Adesso

     Há um clichê que todo empreendedor já ouviu: “A propaganda é a alma do negócio”. Publicitar os produtos, as ofertas e as possibilidades é a forma como as lojas encontram para atrair clientes e fechar negócios. Isto é cânone e indiscutível. Porém, quando essa publicidade passa do ponto e começa a incomodar, mais do que atrair clientes, é o momento de iniciar uma discussão sobre o assunto.

     Muitos estabelecimentos comerciais em Garibaldi, especialmente de venda de eletrodomésticos, fazem uso de caixas de som na porta de suas lojas. O volume excessivo, e que já é chamado pela população de “apenas uma barulheira sem sentido”, está transformando o centro da cidade em um verdadeiro “bailão a céu aberto”, gerando um inconveniente para quem transita pelas calçadas e também para aqueles que moram ou trabalham próximos a estes locais.

     Garibaldi não possui em seu Código de Posturas nenhuma regra para essa questão. O vereador Moises Nekel está discutindo o assunto com um grupo de parlamentares, para propor uma emenda ao Código e estabelecer um regramento para o uso de dispositivos sonoros como forma de propaganda. “A intensão não é proibir, mas sim regulamentar. Muitas pessoas têm vindo até nós reclamar sobre essas situações. Nós vamos discutir o tema, inclusive, com a Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), com a Câmara de Indústria e Comércio (CIC) e com a Associação de Pequenas e Médias Empresas (Apeme) de Garibaldi”, salienta o vereador.

     Ainda segundo Nekel a ideia inicial é que, para fazer uso das caixas de som ou outros dispositivos, seja necessária uma autorização prévia do executivo municipal. “Nós estamos estudando propor que seja determinado um período para utilização do som, por exemplo em um dia na semana, em determinado horário. O equipamento também deverá permanecer dentro da loja e voltado para o interior do estabelecimento, para minimizar o ruído”.

     Enquanto não há lei, e o órgão de fiscalização municipal não pode fazer nada para coibir esse tipo de ato, a população continuará vendo, ou melhor, ouvindo essa situação se repetir, em uma espécie de competição entre as lojas, para ver quem consegue colocar o volume mais alto. E o cidadão que tape os ouvidos. 


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