Política

Vereador Castro “vira-casaca”, deixa PTB e vai para o MDB

Esta é a quarta vez que o político muda de partido. Ele disputa eleição desde 1996 e agora integra o grupo de Cettolin
13/04/2020
Portal Adesso - Foto: Arquivo

     Em tempos em que a maioria das notícias se volta para a pandemia, um assunto ligado a política está repercutindo fortemente em Garibaldi. Em ano eleitoral, as mudanças de siglas sempre chama a atenção da comunidade, principalmente quando se trata de troca envolvendo personagens que são identificados com um partido ou grupo. 

     Embora o fato tenha ocorrido no início do mês, durante a janela partidária, a mudança de partido do vereador e ex-presidente da Câmara, Luis Flori Castro, que era do PTB, tem gerado muitos comentários e descontentamentos. 

     Castrinho como é conhecido, já foi filiado no PT do ex-prefeito Casagrande, no PPB (atual PP) do ex-prefeito Ambrósio Chesini, no PTB e agora filiou-se ao MDB do prefeito Antônio Cettolin.

     O líder comunitário, presidente da Associação de Moradores de Aluguel – AMA de Garibaldi disputada eleições desde 1996 quando fez 245 votos no PPB. Depois concorreu no ano de 2000 (também pelo PP), e fez 209 votos. Disputou ainda em 2008, 2012 e 2016, quando foi o mais votado da cidade com 1.263 votos. 

     Principal liderança do PTB, sua saída sepultou o partido na cidade, sendo que a bancada da sigla foi extinta e o funcionário que era assessor foi demitido na Câmara municipal. Membros do PTB estão descontentes com Castro e o chamam de oportunista, dizendo que na eleição de 2012 ele era totalmente contrário ao prefeito Cettolin e agora integra o mesmo grupo. 

     Já membros do MDB, partido do prefeito Cettolin também se posicionaram contrários a sua chegada, pois dizem que Castro não é um político que trabalhe no fortalecimento da sigla. “Ele só está pensando em se eleger, no PTB teria dificuldade e no PMDB, Cettolin que é estrategista, nesta eleição quer a maioria na Câmara de Vereadores”, disse um membro da sigla que pediu para não divulgar seu nome. 

     Integrantes do PDT, partido que esteve coligado com o PTB nas duas últimas eleições aumentam o número de desaprovação, e dizem que foram pegos de surpresa com a atitude, mas ninguém quis falar oficialmente sobre o fato.

     Além de Luiz Flori Castro, outros dois nomes deixaram o PTB. Nico Pagliarini que atua na Secretária de Trânsito e Flávia Bianchi que é conselheira tutelar e esposa do pré-candidato a vice prefeito Carlos Mânica. Flávia agora é do MDB e Mânica segue no PTB.  


Com o fim das coligações, mudança visa mais facilidade para se eleger

     Conforme o cientista político José Henrique Artigas de Godoy, o fim das coligações proporcionais tende a imprimir uma nova dinâmica nas eleições deste ano. A partir de agora o que deve acontecer é uma intensa migração partidária, porque as pequenas e médias legendas, com baixa possibilidade de atingir o quociente eleitoral, vão ter que se recompor, se unir a outras legendas, ou então liberar seus filiados e, principalmente, seus candidatos, para que se filiem a outros partidos, para conseguirem se eleger.

     “Caso contrário, as pequenas legendas certamente serão eliminadas nesta eleição, porque elas dependeram historicamente das coligações proporcionais com partidos médios e partidos grandes. Por meio das coligações, elas conseguiam atingir o quociente eleitoral. Agora, sozinhos, sem coligações, os puxadores de votos não conseguirão se eleger por maiores que sejam suas votações por não atingirem o quociente eleitoral pela legenda partidária”, afirmou.




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