Política

Prefeito de Farroupilha tem o mandato cassado

Claiton Gonçalves (PDT) deixa a cadeira do executivo municipal após sete anos e cinco meses à frente da prefeitura
15/05/2020
Portal Adesso - Foto: Divulgação/Gabriel Venzon

     O prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves (PDT) teve seu mandato cassado pelo vereadores do município. O destino do agora ex-prefeito foi selado por 10 votos favoráveis a 4 contrários, em sessão ordinária, realizada nesta sexta-feira (15). O resultado foi obtido já na primeira denúncia apresentada ao parlamento, a nomeação de um fiscal municipal para atuar em função privativa de advogado. O processo de impeachment havia sido protocolado pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Farroupilha, Maurício Bianchi, juntamente com presidente da OAB-RS, Ricardo Breier e João Darzone de Melo Rodrigues Júnior, presidente da Comissão Especial de Acompanhamento Legislativo da OAB-RS 

     Dos vereadores que votaram contrários ao impeachment puderam se ouvir acusações de falta de lealdade com a comunidade de Farroupilha. Por causa da proibição de aglomerações devido ao coronavírus, os parlamentares alegavam que a voz da população não pode ser ouvida. A vereadora Maria da Glória, defensora radical de Gonçalves, definiu o rito como mera politicagem. Agarrando-se a defesa da escolha do povo, os demais vereadores que votaram contra, tentavam mudar o voto de seus pares.

     Os favoráveis estavam irredutíveis. Nos discursos alegações de que tal tarefa era árdua, tanto para os parlamentares quanto para a cidade. As falas apontavam as falhas e crimes imputadas ao mandatário municipal. A votação seguia, com a cassação do então prefeito cada vez mais próxima. Por fim, Josué Kiko Paese (PP) manifestou seu voto. Sim. Estava encerrado o mandato de Claiton Gonçalves frente ao executivo municipal, após sete anos e cinco meses de governo. Como define o regimento da Casa Legislativa, Claiton Gonçalves perdeu seus direitos políticos por oito anos.

Veja como foi a votação da primeira acusação:  

Arielson Arsego (MDB): sim

Deivid Argenta (PDT): não

Eleonora Broilo (MDB): sim

Fabiano Piccoli (PSB): sim

Fernando Silvestrin (PL): abstenção

Jonas Tomazini (MDB): sim

Jorge Cenci (MDB): sim

José Mário Bellaver (MDB): sim

Josue Paese Filho (PP):  sim

Maria da Glória Menegotto (Rede): não

Sandro Trevisan (PP):  sim

Sedinei Catafesta (PSD): sim

Tadeu Salib dos Santos (PP):  sim

Thiago Brunet (PDT): não

Tiago Ilha (Republicanos): não


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