Economia

Comerciantes sofrem com vai e vem de bandeiras

A bandeira intermediária, revogada ainda no domingo, havia dado alguma esperança para os lojistas
03/08/2020
Portal Adesso - Foto: Portal Adesso

     Os comércios de rua foram um dos setores mais atingidos pela pandemia de coronavírus. Impossibilitados de receber clientes na loja e com várias restrições na questão do atendimento, o setor registrou uma grande queda no faturamento, gerando uma preocupação coletiva nos comerciantes e donos de loja.

     Em meio a tudo isso, os prefeitos locais haviam confirmado, na manhã de sexta-feira (31), a implantação de uma bandeira intermediária, que possibilitava o funcionamento de alguns estabelecimentos não essenciais. A notícia alegrou os comerciantes, que já vislumbravam um possível aumento nas vendas com a nova notícia. Contudo, no domingo (02), os prefeitos foram notificados pelo Ministério Público (MP), que deveriam retornar as normas de distanciamento impostas anteriormente, o que impossibilitava novamente a entrada de clientes no interior das lojas.

     Para o comerciante Rogério Ghilardi a decisão de uma bandeira menos restritiva havia dado uma nova alegria, mas com a confirmação da proibição das medidas desta bandeira, a situação voltou a ser difícil. “Quando recebemos essa notícia, logo nos animamos muito, por poder receber os clientes dentro da loja. Mas quando proibiram de novo, aí aquele sentimento de tristeza tomou conta”.

     Sobre a situação de sua loja nesta pandemia, Rogério afirmou que a situação é difícil, mas que estão procurando reverter esse quadro de todas as formas. “Nossa situação é difícil. Estão nos matando de fome. Tivemos uma queda nas vendas de 20% a 25% se comparada com os outros anos. Tivemos que suspender contratos dos funcionários, damos férias também, mas estamos trabalhando duro para reverter isso”. Para amenizar as perdas, Ghilardi faz uso das redes sociais para comercializar seus produtos. “Estamos utilizando Instagram, Facebook, WhatsApp. Foi o jeito que encontramos para continuarmos vendendo. Sabemos que está no início, o pessoal está se acostumando, mas é uma ferramenta muito importante”, afirmou.

     Rogério comentou também sobre o sentimento dos lojistas perante as decisões do Governador Eduardo Leite: “Nos sentimos injustiçados por não atender o público. Se outros estabelecimentos podem atender, porque a gente não pode? Estamos mantendo todos os cuidados de higiene para garantir a segurança dos nossos clientes”.  E continuou dizendo que: “Nós já passamos por muitas dificuldades e sempre superamos, então acredito que vá melhorar”.

     O lojista concluiu cobrando uma posição do Governador perante esta situação dos comércios não essenciais: “É hora de colocarmos uma pressão nele (Governador), para tentarmos mudar isso. Precisamos nos unir para reverter essa situação e todos podermos realizar nosso trabalho normalmente”.


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