Presídio Estadual de Bento Gonçalves segue interditado
Duas das 11 celas do Presídio Estadual de Bento Gonçalves foram interditadas pelo Corpo de Bombeiros por correrem o risco de desabar. Os estragos foram causados após a rebelião do dia 8 de maio. No dia seguinte à rebelião, a Justiça determinou a interdição total da unidade prisional, que fica no Centro de Bento.
Passado um mês da interdição, apenas o pavilhão que abriga os apenados do regime semiberto, foi liberado. A intenção da Susepe é pedir a desinterdição das nove celas que não foram interditadas pelos Bombeiros, depois, a desinterdição total. De acordo com o delegado regional da Susepe, Roniewerton Pacheco Fernandes, seguem as reformas nas duas celas interditadas.
O Ministério Público de Bento recorreu da decisão judicial que desinterditou a ala do semiaberto. No final de maio, depois de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público, a Justiça de Bento determinou um prazo de, no máximo, 60 dias, para que o Estado abrir processo licitatório para a construção de um novo presídio em Bento Gonçalves. O prazo vence no final de julho.
Em 2012, o Estado perdeu uma verba de R$ 8.856.602,32 para a construção de uma nova casa prisional. O município cedeu uma área, na localidade de Linha Palmeiro, para a construção do novo presídio.
Nesta segunda-feira (09), o presídio de Bento está com 194 presos. Desses, 132 no regime fechado e 62 no semiaberto. Com a interdição, os presos em flagrante ou pro cumprimento de mandado em municípios que têm o presídio de Bento como referência, são encaminhados para Caxias do Sul. As mulheres vão para a Penitenciária Industrial de Caxias e os homens para a Penitenciária Regional de Caxias, na localidade de Apanhador.