Mortes no trânsito caem durante a pandemia, exceto entre caminhoneiros
Análise do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (DetranRS)
sobre a acidentalidade no trânsito no primeiro ano de pandemia detectou que,
embora as mortes tenham caído 10% no Rio Grande do Sul, entre os motoristas de
caminhão houve um aumento de 29%. O estudo levou em conta o período de abril de
2020 até março de 2021, comparado com os doze meses pré-pandemia (abril de 2019
a março de 2020). O DetranRS também detectou que a mortalidade caiu mais entre
as mulheres (-30%) do que entre os homens (-5%).
Pelo menos 67 caminhoneiros morreram no trânsito no primeiro
ano de pandemia, número 29% maior do que nos 12 meses anteriores, quando
morreram 52 desses profissionais em acidentes. Houve redução para todos os outros:
motociclistas (-1%), condutores (-2%), ciclistas (-11%), passageiros (-18%) e
carona de moto (-17%). Mas a redução foi maior entre os pedestres: -28% em
relação ao ano pré-pandemia (passando de 328 a 235 mortes no ano).
Diferença de gênero
Historicamente, os homens são maioria das vítimas de
trânsito. Na pandemia não foi diferente. Mas também a redução da acidentalidade
não foi igual entre os sexos. Enquanto a redução entre as mulheres foi de 30%
no período (de 334 mortes para 234), entre os homens essa redução foi bem
menor, passando de 1.253 para 1.191 mortes no ano da quarentena (redução de
apenas 5%).
Primeiro trimestre
O ano de 2021 teve o primeiro trimestre com o menor número
de mortes da série histórica do DetranRS, que se iniciou em 2007 com a mesma
metodologia utilizada hoje, incluindo as mortes que ocorrem entre os feridos
até 30 dias após o acidente. Foram 328 mortes nas vias urbanas e rodovias de
todo estado, número 10% menor do que o primeiro trimestre de 2020, quando a
pandemia ainda não tinha chegado com força. E bem menor que a média de 454
mortes dos anos anteriores (2007 a 2019).